Como evitar golpes de internet mais comuns aplicados no Brasil, ensinam especialistas

É possível evitar os golpes aplicados pela internet e por telefone mais comuns no Brasil, ensinam especialistas. Em geral, são propostas de dinheiro fácil, rápido e sem dificuldades. O que, cá, entre nós, não existe.

Só Notícia Boa listou quais são esses golpes e dicas para tentar se proteger contra eles. Muitos deles estão encobertos por orientações de confiança e ordens bem instruídas. Outros pedem para você digitar 1 ou 2 pelo celular para invadir o seu aparelho.

Fabio Assolini, diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise da empresa de cibersegurança Kaspersky, disse ao jornal Extra que também é preciso estar atento ao “pedido” para que o interessado coloque valores para liberar um suposto saque, para comprar algo e assim por diante.

Cuidado com “publis”

As redes sociais de influenciadores digitais estão repletas de sugestões de produtos e serviços nas chamadas “publis”, que aparentemente são propagandas pagas.

Mas há empresas fraudulentas que também conseguem contratar algumas dessas celebridades da internet para que divulguem supostos aplicativos para obter uma renda extra.

Então é preciso sempre desconfiar, antes de fazer uma compra online.

Influenciadores vítimas de falsários

Segundo o especialista, o influenciador pode ser uma vítima da contratante, sem saber que se trata de fraude. Por isso, é bom ter muito cuidado com dicas que dão recomendações mirabolantes e soluções simples para situações complexas.

Rodrigo Costa, o professor de Direito Penal da Universidade Federal Fluminense (UFF), alertou para possíveis edições realizadas por influenciadores.

“[Aqueles que] edita um vídeo na produção de conteúdo para fingir que está ganhando dinheiro com determinada ação, mas nunca obteve essa renda, podemos, no mínimo, falar em dolo eventual, que é quando ele assume o risco da produção do resultado.”

Plataformas inexistentes

No caso da plataforma inexistente, ela é divulgada por alguns influenciadores digitais e promete apresentar ao consumidor cupons fiscais que valem dinheiro. Para liberar o saque, o cidadão precisa pagar determinado valor à empresa, que concede os códigos dos cupons.

É aí que mora o perigo. Alguns influenciadores já gravaram vídeos exibindo ganhos dessa forma. Em sites, como o Reclame Aqui, há diversas queixas de que os valores nunca são pagos aos consumidores reais.

Falsas recompensas

Levantamento da empresa de segurança tecnológica  Kapersky identificou a propagação por influenciadores digitais de recompensas dadas por avaliações de “looks” da Shein.

É um golpe aplicado por empresas fraudulentas, que passaram a comprar anúncios no Google e espaço nas redes sociais das celebridades, em busca de credibilidade. Fuja disso.

Produto falsificado

Os golpistas se aproveitam dos assuntos em alta para chamar a atenção das vítimas. Um exemplo são os copos térmicos da Stanley  que viraram moda. Sites fraudulentos usam o nome da empresa para dar golpes.

E, algumas vezes, conseguem contratar publicidades de influenciadores para divulgarem suas falsas dinâmicas. A marca, porém, alerta que o único site oficial no Brasil é www.stanley1913.com.br e que não faz pesquisas via redes sociais.

Cuidado com benefícios sociais

Usar medidas políticas e benefícios sociais também são iscas eficientes para tirar vantagem das pessoas, principalmente daquelas em situações de desespero financeiro. Um exemplo são anúncios falsos de que o governo vai liberar o saque geral do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), além do previsto em lei.

O Ministério do Trabalho e Emprego informa que, para acessar o Fundo de Garantia, os canais seguros são o aplicativo FGTS ou os sistemas de atendimento da Caixa Econômica Federal, que é o agente operador do fundo.

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) também reforça que não utiliza intermediários para concessão de salário-maternidade e quaisquer outros serviços, que são gratuitos e devem ser acessados por aplicativo, no site Meu INSS ou pela central 135.

Golpe da rifa virtual

A Polícia Civil do Rio fez operação contra rifas na internet, que movimentaram ilegalmente pelo menos R$ 15 milhões. Segundo a polícia, rifa sem registro é contravenção, então é crime que deve ser punido.

O registro de uma rifa deve ser feito no Ministério da Fazenda e pode ser conferido por qualquer cidadão. As rifas legais são realizadas para ajudar alguém ou várias pessoas. Se não tiver instituição filantrópica ou pessoa beneficiada, é ilegal.

Para evitar cair no golpe da rifa, o cidadão deve observar se há um número de cadastro e pedir, indicando o site https://scpc.seae.fazenda.gov.br/scpc/login.jsf. O site também permite a consulta da promoção por nome.

6 Dicas para evitar cair em golpes

  • Cuidado com tudo que parecer fácil e simples;
  • Confira os links, veja a URL e a estrutura do site;
  • Verifique o processo durante a compra: se o anunciante solicitar uma transação por redes sociais ou WhatsApp, pode ser sinal de risco;
  • Observe a reputação do “vendedor”, se for um golpe, provavelmente terá reclamações de outras vítimas relatadas ali;
  • Invista na segurança, como as soluções tecnológicas que avisam sobre sites maliciosos e ataques de “phishing” (roubo de dados);
  • Cartão e Pix, se você foi vítima por estes canais, avise imediatamente ao banco. Nem sempre a devolução é garantida mas, ao menos, você vai se preservar mais.

FONTE: SONOTICIABOA.COM.BR

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