Ok, uma picadinha no dedo não dói tanto assim, mas vocês sabiam que existem pessoas que passam mal quando veem sangue? Como eu sei disso? Eu sou uma delas…
Só posso fazer exame de sangue deitado. Das vezes que faço sentado, a pressão cai e preciso deitar. Já perdi as contas de quantas vezes desmaiei no meio de um exame desses, ou quando estou com um acesso no braço, recebendo soro ou alguma medicação.
Como disse, fazer o teste de glicose, que consiste em furar a ponta do dedo com uma agulha bem fina e pequena não é o fim do mundo. Mas está longe de ser algo confortável. E, de verdade, entendo quem passa mal nisso também.
O mundo ideal seria poder fazer essa medição de uma forma menos invasiva. A solução pode vir aqui do Brasil.
Conheça o E-Gluco
- Pesquisadores da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) criaram um dispositivo capaz de medir a glicose dos pacientes de uma forma não invasiva.
- A iniciativa recebeu o nome de E-Gluco.
- Pelos desenhos do projeto, o equipamento terá o formato de um pequeno relógio, que vai utilizar sensores para realizar o exame.
- Esses sensores vão chegar ao resultado através de cálculos obtidos a partir de fotometria, bioimpedância e dados sobre temperatura e umidade da pele.
- Esses dados poderão ser acompanhados em um aplicativo de celular – e a comunicação será feita por Bluetooth.
- A próxima geração de smartwatches pode vir com essa função (existe um rumor envolvendo o Galaxy Watch 7).
- A Apple também estaria interessada em entrar nessa área.
- A tecnologia brasileira, porém, será um pouco diferente.
- Além disso, será mais acessível e barata – ideal para pacientes com diabetes que precisam medir a glicose várias vezes por dia.
Onde compro o meu E-Gluco?
O dispositivo ainda está em fase de testes e, portanto, não está disponível para venda.
O projeto nasceu em 2016, mas ele começou a andar mesmo a partir de 2018. De lá para cá, já desenvolveram o GlicoWatch, o aplicativo eGluco e o site oficial da iniciativa.
Ainda faltam o treinamento da Inteligência Artificial que vai fazer as medições e os testes em voluntários. As inscrições, aliás, estão abertas — você pode participar tendo diabetes ou não.
Quais são os próximos passos do E-Gluco?
A previsão é que essa última fase termine entre o fim deste ano e o início do ano que vem. Depois disso, os pesquisadores devem começar a vender a patente da tecnologia para empresas que vão montar os dispositivos em grande escala.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, mais de 13 milhões de pessoas vivem hoje com a doença no país. Isso representa quase 7% da nossa população total!
Dentro desse universo, nem todo mundo vai querer um smartwatch de última geração – ou terá dinheiro para comprar um Galaxy Watch 7. Ou seja, a iniciativa da Udesc será muito bem-vinda.
Você pode ler mais sobre o projeto no site do próprio E-Gluco.
FONTE: OLHARDIGITAL